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11/12/08

Corpo cansado















Fatigado, o corpo deixo-o cair por entre os véus
Com os braços prostrados sobre o ventre
Assim permaneço
Sem que o tempo ocupe espaço
Os olhos deixo-os seguirem o seu rumo
Como a folhagem de Outono também eles caem e se fecham
Não sei se acordada ou a dormir
Reclino a cabeça deixando os cabelos caídos pelo chão
Sonho
Viajo para uma noite de Verão em que o horizonte te traz
E contigo vem toda a vontade e loucura
Que tornou a distância vazia
Ou a estrada um paralelo que se cruza
Contigo vieram histórias e narrativas
Dúvidas que metamorfoseamos em verdade
Mãos que se tornam asas
E gestos incessantes que depravam, viciam e seduzem
Contigo veio também o destempero
De querer consumir num momento
Tudo aquilo que não cabe numa vida.

Madalena Palma

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