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01/05/09

O 1.º de Maio e a Liberdade em Portugal


Dia do Trabalhador

A história conta-nos que a 1 de Maio de 1886, em Chicago, nos Estados Unidos da América, quinhentos mil trabalhadores saíram às ruas numa manifestação pacífica para exigir um limite de oito horas por dia de trabalho. A polícia reprimiu e dispersou a manifestação, mas não sem antes ferir e matar dezenas de trabalhadores. A luta não parou por aí e, quatro dias depois, os operários saíram novamente à rua. Destes protestos resultaram, segundo dados da época, 8 líderes presos, 4 trabalhadores executados, 3 condenados a prisão perpétua. E um exemplo para todo o mundo...


Nos Estados Unidos da América o Dia do Trabalhador celebra-se no dia 3 de Setembro e é conhecido por "Labor Day". É um feriado nacional que é sempre comemorado na primeira segunda-feira do mês de Setembro e está relacionado com o período das colheitas e com o fim do Verão.


No Canadá este feriado chama-se "Dia de Oito Horas". Tem este nome porque se comemora a vitória da redução do dia de trabalho para oito horas.
Na Europa o "Dia do Trabalhador" comemora-se sempre no dia 1 de Maio.

Em Portugal


O historiador José Mattoso revela que houve um reforço da luta do movimento operário português, no final do século XIX. Entre 1852 e 1910, ter-se-ão realizado cerca de 550 greves em Portugal.

A subida dos salários, a diminuição da jornada de trabalho e a melhoria das condições eram as principais exigências dos operários.

Durante a Iª República, festejou-se o Dia do Trabalhador. Mas, com a instituição da Ditadura, um dos primeiros diplomas aprovados dizia respeito ao estabelecimento dos feriados nacionais e destes não constava o Dia do Trabalhador.

Em 1933 foi decretada a "unicidade sindical" e o "controle governamental dos sindicatos". Durante o Estado Novo, as manifestações no Dia do Trabalho - e não do Trabalhador - eram organizadas e controladas pelo Estado.

Com o derrubar da ditadura, o primeiro 1 de Maio celebrado em Portugal depois do 25 de Abril foi a maior manifestação alguma vez organizada no país. Só na cidade de Lisboa juntaram-se mais de meio milhão de pessoas. Para muitos, esta foi a forma que encontraram de demonstrarem a sua adesão à revolução, que uma semana antes restituíra a democracia ao país.

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