Do meio da rua
(Que é, aliás, o infinito)
Um pregão flutua,
Música num grito...
Como se no braço
Me tocasse alguém
Viro-me num espaço
Que o espaço não tem.
Outrora em criança
O mesmo pregão...
Não lembres... Descansa,
Dorme, coração !...
(Fernando Pessoa)
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